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Livro Impresso

Filosofia do Odor

  • ISBN:

    9788530935658

  • Edição: 1|2014
  • Editora: Forense Universitária

CHANTAL JAQUET

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2811014
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O livro funda uma estética olfativa que vai buscar elementos nas obras de pensadores como Balzac, Baudelaire e Proust.
  • Formato: Impresso
  • Páginas: 368
  • Publicação: 31/07/2014
  • Capa: Brochura
  • Peso: 0,54 kg
  • Dimensões: 16 X 23

A Filosofia do odor de Chantal Jaquet realiza uma autêntica reflexão filosófica sobre um dos nossos sentidos, o olfato, da antiguidade clássica até as épocas moderna e contemporânea. Sua abordagem vai muito além do privilégio concedido à visão e à audição em boa parte da história do pensamento e da cultura. Jaquet eleva o odor à dignidade de um objeto nobre. A reflexão sobre o papel do odor em nossa relação com o mundo se desdobra de Aristóteles a Montaigne, de Heráclito e Empédocles a Lucrécio e Nietzsche. Aristóteles valoriza a percepção dos odores e dela faz uma das características da humanidade.

Por outro lado, uma perspectiva crítica da odorofobia surge na análise das obras de Montaigne e de Kant. Jaquet analisa o odor dos pontos de vista gnoseológico, ético e estético. Suas reflexões sobre os sentidos são um verdadeiro curso de teoria do conhecimento, onde a importância da reflexão sobre o odor modifica nosso saber sobre os sentidos. Este livro elabora uma reflexão muito original no plano estético. Ele funda uma estética olfativa que vai buscar seus elementos nas obras de Balzac, Baudelaire e Proust, assim como na pintura de Gauguin e na escultura de Rodin. A música de Debussy surge também como um universo em que os odores e perfumes adquirem um lugar especial, o espaço e o tempo de uma música dos odores.

O livro analisa o papel dos odores na cultura oriental, particularmente no Japão, com as esculturas olfativas de Hiroshi Koyama no Japão. E investiga também o papel dos perfumes nas instalações da arte contemporânea.

Na filosofia, finalmente Nietzsche vai surgir como o filósofo do odor que diz: “todo o meu gênio está nas minhas narinas”. Nietzsche reconcilia o homem com sua animalidade e reabilita o corpo e os sentidos que são injustamente desvalorizados na tradição do Ocidente.

Esta obra se dirige à comunidade universitária e ao público leitor em geral. Ela persegue um campo aberto por Corbin em sua história dos odores e do livro de Sussekind, O perfume, também de grande impacto no cinema.

Manoel Barros da Motta

INTRODUÇÃO

A anosmia dos filósofos

Primeira Parte

A SENSIBILIDADE OLFATIVA

Capítulo I – NATUREZA E PRECONCEITOS

UM SENTIDO FRACO OU ENFRAQUECIDO?

UM SENTIDO PRIMITIVO E BESTIAL?

UM SENTIDO INCÔMODO OU INSOCIÁVEL?

UM SENTIDO SUJO E IMORAL?

UM SENTIDO SUBJETIVO E MUITO ENGANADOR?

Capítulo II – O UM E O OUTRO APROXIMADAMENTE

PERFUMES DE ALTERIDADE

PERFUME DE IDENTIDADE

Segunda Parte

ESTÉTICA OLFATIVA

Capítulo III – AS EXPRESSÕES ARTÍSTICAS DO ODOR

O OLFATO, UM SENTIDO MUDO?

AS EXPRESSÕES LITERÁRIAS DO ODOR

O UNIVERSO OLFATIVO DE MARCEL PROUST

AS EXPRESSÕES MUSICAIS E PLÁSTICAS DO ODOR

PINTURA E PERFUME

ESCULTURA E PERFUMES

RUMO A UMA ARQUITETURA OLFATIVA

Capítulo IV – A ARTE OLFATIVA

A ARTE DO PERFUME E SEU ESTATUTO ESTÉTICO

UM MODELO FILOSÓFICO DE ARTE OLFATIVA: O PURO PRAZER DOS ODORES EM PLATÃO

UM MODELO LITERÁRIO IMAGINÁRIO: DES ESSEINTES E A ARTE OLFATIVA

UM MODELO HISTÓRICO REAL: O KÔDÔ OU A VIA DAS FRAGRÂNCIAS DO JAPÃO

O NASCIMENTO DE UMA ARTE OLFATIVA CONTEMPORÂNEA

Terceira Parte

FILOSOFIAS OLFATIVAS

Capítulo V – DA ANOSMIA À PANOSMIA – AS CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADE DE UMA FILOSOFIA DO LFATO

UM OLFATO FILÓSOFO?

O SILÊNCIO OLFATIVO DE PARMÊNIDES E ANAXÁGORAS

DEMÓCRITO E O EFLÚVIO DE ODOR

HERÁCLITO OU A RESPIRAÇÃO DA RAZÃO

A PANOSMIA DE EMPÉDOCLES

Capítulo VI – OS MODELOS FILOSÓFICOS OLFATIVOS

LUCRÉCIO OU A SAGACIDADE

O ESPÍRITO QUE NOS CHEGA PELO NARIZ: CONDILLAC E A ESTÁTUA

NIETZSCHE OU O NARIZ FILÓSOFO

BIBLIOGRAFIA

Chantal Jaquet é professora de filosofia na Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne e dedica suas pesquisas à história da filosofia moderna, sobretudo a Espinosa, e à filosofia do corpo.